A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) iniciou nesta quarta-feira (23/04) a atualização do Plano Integrado de Doenças Determinadas Socialmente (PIDDS). A reunião, realizada na Escola Fazendária, contou com a participação de profissionais da atenção primária, do complexo regulador, áreas técnicas da secretaria e do Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (CIATEN).
A iniciativa busca fortalecer a atuação da rede estadual de saúde no combate a doenças que têm relação direta com as condições sociais em que a população vive, como moradia precária, insegurança alimentar, baixa escolaridade e renda.
“Nossa meta é tornar os fluxos dentro do sistema de saúde mais eficientes. Queremos garantir que os pacientes tenham acesso mais rápido e resolutivo aos serviços, com dados bem estruturados e uma rede de atendimento mais integrada”, destacou Joselma Rodrigues, gerente de Atenção à Saúde da Sesapi.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os determinantes sociais da saúde são fatores que envolvem o ambiente social, econômico e cultural das pessoas, influenciando diretamente seu estado de saúde e a exposição a riscos.
Nesta primeira etapa de discussão, o foco recaiu sobre o cuidado com pacientes de tuberculose e hanseníase. No entanto, o plano prevê uma abordagem mais ampla, incluindo doenças como leishmanioses, dengue, malária, doença de Chagas, esquistossomose, tracoma, filariose linfática, oncocercose e cisticercose — todas comumente associadas à vulnerabilidade social.
O trabalho de revisão do PIDDS deve seguir com novos encontros, buscando estratégias integradas que melhorem tanto o diagnóstico quanto o acesso ao tratamento, especialmente nas áreas mais afetadas do estado.